sábado, 14 de abril de 2012

Cristovam Buarque - Minha paixão pelo " Insensato"



Tecer elogios é por demais corriqueiro quando se quer falar de alguém admirado. As palavras, por mais que se entendam e se completem, não conseguem dizer tudo. E é por isso, que transcrevo abaixo minha rápida e emocionante conversa com o homem que me é exemplo de personalidade em evidência no cenário político; aquele que me alimentou a crença em relação à possibilidade de haver igualdade, ainda que custosa. Que em apenas 15 minutos, deixou de ser meu ídolo, minha referência em diversos assuntos, como literatura, educação e vida pública para ocupar o patamar de referência de humildade e humanidade.
Falando sobre a educação no Brasil, impossível não citar a necessidade latente de prioriza-la como a mais urgente das reformas. Hoje, diante de tantos programas sociais de incentivo às famílias carentes, questiono se ele não teme que isso possa gerar um pensamento assistencialista de maneira generalizada. “ Se a mentalidade do Estado não for assistencialista, os programas sociais funcionam como devem funcionar. Se houver a fiscalização sobre as famílias beneficiárias do programa, o objetivo será atingido. O objetivo do bolsa escola é que a criança inscrita no programa frequente regularmente a escola. E é necessário haver esse controle de frequência de cada criança para que a família receba o benefício. Sem fiscalizar, certamente, se concretiza o perigo do comportamento assistencialista. Se muitos de nossos programas caíram no assistencialismo, é porque a mentalidade do legislador foi assistencialista algum dia. Nossos programas sociais já foram copiados lá fora. No México, por exemplo, eu presenciei uma mãe que saiu chorando da escola que eu visitava por ter tido suspenso seu benefício pelo fato de o filho estar ausente da escola. É essencial que haja incentivo e apoio para a família sustentar a criança durante a vida escolar; e é obrigação do Estado ser o garantidor desse apoio”.
Pergunto o que ele faria primeiro, se estivesse exclusivamente em suas mãos essa reforma pela educação. “ Eu federalizaria a educação de base no Brasil. A meu ver, o professor deve ser equiparado a um funcionário federal; com salário federal e plano de carreira federal. As escolas deveriam ser de nível federal, com todas as crianças estudando em horário integral. Tentei implantar essa ideia quando fui Ministro, mas, o curto tempo no Ministério não me permitiu concluir o que penso ser o rumo que deveria tomar a educação no Brasil”.
Sempre tive a seguinte curiosidade sobre o Buarque: Engenheiro mecânico e economista; por que pautar toda uma luta na bandeira da educação? Cristovam fala com os olhos. A voz, quase inaudível, cala diante da grandeza de sua humildade. E diante do encantamento que eu transbordava, disse: “ Silvia, eu me formei em engenharia porque achava que ela resolveria e explicaria tudo. Depois, imaginei que a economia fizesse o que a engenharia não atingia, por isso me formei economista. Mas, então, eu descobri que o que de fato liberta e constrói, é a educação”.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Me encanta

Hasta el ruido de tus tacones,
cuando te enfadas y te levantas
que se va parando a la vez que tu silueta
se marcha hasta ese ruido,me encanta!
la risa tonta que se te escapa
estando en la cama de madrugada,
cuando digo te quiero y tu
me dices que miento,
que lo nuestro es eterno..
que no es solo querernos
que es mucho mas que eso,
mucho mas que eso!

me encanta verte recien levantada..
con dos medios ojos medio de la cara
esa cara que tanto me gusta
sin cosas raras porque tu lo vales sin nada,
porque tu lo vales sin nada..
me encanta los besos que nos damos en mi cama,
me encanta cuando dices que me amas
sin medias palabras solo con miradas,
me encanta que no dejes de amarme hasta matarme
enredarme en sus carnes hasta saciarme
pa que quiero mas nadie, pa que quiero mas nada..
y me encanta, tenerla al otro lado de mi almohada
me encanta cuando dice que me ama!

y nadie puede entender ni saber lo que siento
al ver tus labios rozando mi cuello
y poniendo de gallina mi piel.. quien lo va a entender?
que prefiero morir a dejarte y dejarte es morir y lo haria por ti
y si me pides que suba al cielo y te baje una estrella
te traigo un espejo porque no hay nada tan bello
en todo el firmamento como tu reflejo, como tu reflejo..

Y solo de pensar que tenga un final se me encoje el alma
y comienzo a gritar y a gritar
que me encanta los besos que nos damos en mi cama,
me encanta cuando dices que me amas
sin medias palabras solo con miradas,
me encanta que no dejes de amarme hasta matarme
enredarme en sus carnes hasta saciarme
pa que quiero mas nadie, pa que quiero mas nada..

Me encanta, los besos que nos damos en mi cama,
me encanta cuando dices que me amas
sin medias palabras solo con miradas,
me encanta que no dejes de amarme hasta matarme
enredarme en sus carnes hasta saciarme
pa que quiero mas nadie, pa que quiero mas nada..
Si me encanta tenerla al otro lado de mi almohada,
me encanta cuando dice que me ama!

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Além da embalagem

Sejamos sinceros: o físico importa sim. Você não fica muito tempo perto de alguém por quem não se sinta atraído. Olhos me importam, sorriso me importa, postura me importa. Não gosto dos musculosos, mas não me venham com pancinhas que denotam um descuido excessivo. Um olhar bondoso me atrai, uma cor bonita de pele me tira da anemia aparente dos muitos, braços fortes que me envolvam são admiráveis e um cabelo onde possa fazer cafuné é delicioso.

Tenho minhas preferências como qualquer um e não as nego. Atributos físicos são importantes, sem dúvida, mas não são tudo.Claro que beleza é importante. Sou vaidosa sim com meu corpo. Quero estar sempre linda e com um corpo que me faça sentir bem. Mas,sobretudo,o que mais cuido é da alma, do meu espírito. É o que tenho de melhor. Melhor que curvas de mulher fruta é o caráter de diva, meu bem!

De nada me adianta um sorriso sem sentido ou um olhar perdido, muito menos mãos belas que não me dão carinho ou uma cabeça de formato bonito, mas oca por dentro. Um peitoral forte, mas sem nada dentro do coração? estou fora. Quero o conjunto, não partes esquartejadas que para mim não têm sentido.

Acho que as aparências são importantes, sobretudo para as paixões. Acredito que no início a aparência é o que mostra o indivíduo, o papel da balinha. Inicia-se a paixão. O modo de trocar olhares, de sorrir, de conquistar é necessário e diga-se de passagem, um dos momentos mais encantadores de uma relação.

Só que com o tempo, a beleza se esvai e se o conteúdo não existir, o papel é jogado fora, no lixo. Do contrário, se há sentimento além da aparente paixão, o amor vai se mostrar finalmente e aí a beleza, que foi o impulsionador inicial, será apenas um detalhe. Como diria Exupéry, "só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos." E não é que ele está certo?

Adoro bocas, braços, pernas. Mas se estes não vierem acompanhados de respeito, caráter e bom coração (e declarações de amor), são apenas membros mutilados. Deixo para o Jack, o estripador, este voyerismo. A mim importa um bom-papo, o respeito, um carinho e um cuidado. O resto a gente constrói.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Cordel que deixou Rede Globo e Pedro Bial indignados...

Sensacional! ( Para Priscila Cotta)






Antonio Barreto



Antonio Barreto nasceu nas caatingas do sertão baiano, Santa Bárbara/Bahia-Brasil.

Professor, poeta e cordelista. Amante da cultura popular, dos livros, da natureza, da poesia e das pessoas que vieram ao Planeta Azul para evoluir espiritualmente.

Graduado em Letras Vernáculas e pós graduado em Psicopedagogia e Literatura Brasileira.



Seu terceiro livro de poemas, Flores de Umburana, foi publicado em dezembro de 2006 pelo Selo Letras da Bahia.

Vários trabalhos em jornais, revistas e antologias, tendo publicado aproximadamente 100 folhetos de cordel abordando temas ligados à Educação, problemas sociais, futebol, humor e pesquisa, além de vários títulos ainda inéditos.


Antonio Barreto também compõe músicas na temática regional: toadas, xotes e baiões.




BIG BROTHER BRASIL UM PROGRAMA IMBECIL.

Autor: Antonio Barreto, Cordelista natural de Santa Bárbara-BA, residente em Salvador.

Curtir o Pedro Bial
E sentir tanta alegria
É sinal de que você
O mau-gosto aprecia
Dá valor ao que é banal
É preguiçoso mental
E adora baixaria.

Há muito tempo não vejo
Um programa tão 'fuleiro'
Produzido pela Globo
Visando Ibope e dinheiro
Que além de alienar
Vai por certo atrofiar
A mente do brasileiro.

Me refiro ao brasileiro
Que está em formação
E precisa evoluir
Através da Educação
Mas se torna um refém
Iletrado, 'zé-ninguém'
Um escravo da ilusão.

Em frente à televisão
Longe da realidade
Onde a bobagem fervilha
Não sabendo essa gente
Desprovida e inocente
Desta enorme 'armadilha'.

Cuidado, Pedro Bial
Chega de esculhambação
Respeite o trabalhador
Dessa sofrida Nação
Deixe de chamar de heróis
Essas girls e esses boys
Que têm cara de bundão.

O seu pai e a sua mãe,
Querido Pedro Bial,
São verdadeiros heróis
E merecem nosso aval
Pois tiveram que lutar
Pra manter e te educar
Com esforço especial.

Muitos já se sentem mal
Com seu discurso vazio.
Pessoas inteligentes
Se enchem de calafrio
Porque quando você fala
A sua palavra é bala
A ferir o nosso brio.

Um país como Brasil
Carente de educação
Precisa de gente grande
Para dar boa lição
Mas você na rede Globo
Faz esse papel de bobo
Enganando a Nação.

Respeite, Pedro Bienal
Nosso povo brasileiro
Que acorda de madrugada
E trabalha o dia inteiro
Da muito duro, anda rouco
Paga impostos, ganha pouco:
Povo HERÓI, povo guerreiro.

Enquanto a sociedade
Neste momento atual
Se preocupa com a crise
Econômica e social

Você precisa entender
Que queremos aprender
Algo sério - não banal.

Esse programa da Globo
Vem nos mostrar sem engano
Que tudo que ali ocorre
Parece um zoológico humano
Onde impera a esperteza
A malandragem, a baixeza:
Um cenário sub-humano.

A moral e a inteligência
Não são mais valorizadas.
Os "heróis" protagonizam
Um mundo de palhaçadas
Sem critério e sem ética
Em que vaidade e estética
São muito mais que louvadas.

Não se vê força poética
Nem projeto educativo.
Um mar de vulgaridade
Já tornou-se imperativo.
O que se vê realmente
É um programa deprimente
Sem nenhum objetivo.

Talvez haja objetivo
"professor", Pedro Bial
O que vocês tão querendo
É injetar o banal
Deseducando o Brasil
Nesse Big Brother vil
De lavagem cerebral.

Isso é um desserviço
Mau exemplo à juventude
Que precisa de esperança
Educação e atitude
Porém a mediocridade
Unida à banalidade
Faz com que ninguém estude.

É grande o constrangimento
De pessoas confinadas
Num espaço luxuoso
Curtindo todas baladas:
Corpos "belos" na piscina
A gastar adrenalina:
Nesse mar de palhaçadas.

Se a intenção da Globo
É de nos "emburrecer"
Deixando o povo demente
Refém do seu poder:
Pois saiba que a exceção
(Amantes da educação)
Vai contestar a valer.

A você, Pedro Bial
Um mercador da ilusão
Junto a poderosa Globo
Que conduz nossa Nação
Eu lhe peço esse favor:
Reflita no seu labor
E escute seu coração.

E vocês caros irmãos
Que estão nessa cegueira
Não façam mais ligações
Apoiando essa besteira.
Não deem sua grana à Globo
Isso é papel de bobo:
Fujam dessa baboseira.

E quando chegar ao fim
Desse Big Brother vil
Que em nada contribui
Para o povo varonil
Ninguém vai sentir saudade:
Quem lucra é a sociedade
Do nosso querido Brasil.

E saiba, caro leitor
Que nós somos os culpados

Porque sai do nosso bolso
Esses milhões desejados
Que são ligações diárias
Bastante desnecessárias
Pra esses desocupados.

A loja do BBB
Vendendo só porcaria
Enganando muita gente
Que logo se contagia
Com tanta futilidade
Um mar de vulgaridade
Que nunca terá valia.

Chega de vulgaridade
E apelo sexual.
Não somos só futebol,
baixaria e carnaval.
Queremos Educação
E também evolução
No mundo espiritual.

Cadê a cidadania
Dos nossos educadores
Dos alunos, dos políticos
Poetas, trabalhadores?
Seremos sempre enganados
e vamos ficar calados
diante de enganadores?

Barreto termina assim
Alertando ao Bial:
Reveja logo esse equívoco
Reaja à força do mal.
Eleve o seu coração
Tomando uma decisão
Ou então: siga, animal.

FIM

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

O príncipe e o beija flor

Esta não é uma história sobre o perdão! Não é uma história de amor; mas, também não é uma obra de ficção. É uma fábula, um conto quase encantado, de um reino distante e não tão encantado quanto o conto.

Era uma vez um bichinho, que vivia em um mundo simples, selvagem e feliz. Vivia solto...Tinha vôos prosaicos, mas aprendia muito nessa simplicidade com a qual vivia. Em sua floresta, era tudo mágico, encantado. Tudo tinha vida! Conhecia cada flor, e as chamava cada uma por seu nome. Por menor que fosse, tratava a todas com o mesmo carinho e cuidado. Como pássaro, cultivava a essência da liberdade, da leveza e da beleza que há nas coisas mais corriqueiras; conseguia ver riqueza em seres microscópicos e descobria tesouros onde ninguém imaginava, pois, enxergava a fórmula da beleza: um acordo entre forma, conteúdo e abstrato.
 Seus olhinhos brilhantes observavam lá no fundo da polpa. Buscava o que estava por dentro das plantas e fazia exalar o perfume que os habitantes além da floresta mágica não conheciam, e com o qual se intrigava.
Voava em paz. Fazia voos profundos. Era feliz assim, tendo seu mundo abaixo de suas asinhas, para pousar quando quisesse. Se sentia seguro e confiante. Era amado e sabia liberar amor, e, embora fosse um animal silvestre e selvagem, era de fácil domesticação.
Um dia, o sol estava lindo! Os outros passarinhos cantavam e o coração do pássarinho estava radiante pela vida maravilhosa que se apresentava diante dele todos os dias. Agradecia à Deus a todo o tempo pela paz de seu reino e a felicidade de seu coração. Voando nos limites de sua floresta, o animalzinho  viu-se observado por um ser de outro reino. Era grande e parecia um ser muito poderoso, mas possuía lindos olhos de citrino! Apesar de pertencerem a mundos diferentes, os dois seres se entenderam e se gostaram à primeira vista.
O ser de outro reino pediu para conhecer a floresta encantada e assim foi concedido. Entrou no palácio do passarinho, viu a alegria que adornava seu ambiente. Não tinha luxo, mas, era sólido, puro, feliz. Onde não existia mal, nem guerras, nem choro e todos os habitantes e quem chegasse poderiam viver felizes e em paz. As paredes eram de risos e sons do vento que entravam suavemente balançando as longas penas coloridas e sedosas do passarinho, que dentro de sua natureza selvagem, possuía tamanha delicadeza capaz de destruir muros intransponíveis.
O ser do outro mundo, acostumado a reinos construídos de pedra e onde todos tinham a mesma força bruta e pesada, escondeu do novo amiguinho sua natureza árida, gélida e hipnotizante que possuía. Convidou-o a alçar voos além dos limites da floresta. O passarinho, por um momento hesitou, mas, encantado pela beleza dos olhos de citrino e dos afagos que ganhara em suas asinhas, lançou-se com o desconhecido para explorar seu reino de pedras nada preciosas. Ele não poderia imaginar a existência de um mundo em sépia, já que seu reino explodia em cores, e sons e risos.
 O amigo estrangeiro, que parecia tão bondoso e encantador, lançou-o às feras famintas e enlouquecidas de seu reino destruído por guerras internas, onde só prevaleciam as imponentes muralhas, que, vistosas por fora, davam a impressão de um grande reino, uma poderosa cidade, mas que por detrás dos portões, amontoavam-se em cinzas e escombros. Guetos por onde ele se escondia. E as feras atacaram o pequeno pássaro que não sabia fazer guerra, pois,não fora criado para isso. Fora criado solto, livre, vendo vida e graça em todo ser existente.

O pássaro então, esquivou-se das bestas insanas e conseguiu, mesmo com seu corpinho machucado, com as asinhas quebradas e o coração despedaçado, escapar com vida. Foi sarando as feridas de seu corpo, selou seu coraçãozinho e ainda espera as asinhas se recomporem para poder voar de novo.
Quanto ao ser horrendo que o traiu, ele continua atrás das muralhas de seu reino imponente. Ainda tentando alimentar as feras que ele próprio concebeu em suas entranhas. Recolheu-se em seus salões negros e de úmidas pedras a fim de preparar sua mais nova caçada.
Se o passarinho declarou guerra ao reino inimigo a fim de vingar sua honra e o sangue derramado? Não! Jamais um ser tão abençoado, tão cheio de luz e coisas boas poderia gastar sua energia com vingança. Ele só queria continuar feliz como estava. Conheceu algo que o deslumbrou; uma coisa que dá cócegas no estômago e arrepios na coluna, que os humanos ( seres de outro reino mais distante que esse) chamam amor. E descobriu que amor é bom. É gostoso. Amor faz rir.

O passarinho não pensa me vingança. Ele aprendeu que o mundo fora da sua floresta tem pouco a ver com o amor. Que fora dos limites de seu mundo, os seres não são felizes, mas, precisam mostrar-se assim para atraírem novas presas e até mesmo outros seres da mesma espécie que podem acrescentar mais uma pedra às suas paredes. Viu que são construídos de maneira suntuosa, mas, suas muralhas são feitas de uma beleza que se desfaz com as lágrimas dos que cruzam seus portões.
Se o beija flor vai conseguir perdoar? Isso ainda é incerto. As dores ainda o impedem de voar novamente mesmo dentro de seu reino. Ele é um ser que acredita sinceramente que, em algum lugar, há olhos que anotam aquilo que nossa boca e nossas mãos tentam esconder.

Como eu disse, essa não é uma história sobre o perdão. Mas, sobre identidade. Sobre quem somos de verdade. Sobre o que existe em nosso íntimo cada vez que nos maquiamos, nos vestimos de príncipes e princesas para alimentarmos nossos demônios.