terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Discrepância

O evangelho da prosperidade tem seduzido muitos. Não faltam fiéis para encher templos onde há muitas promessas de prosperidade financeira e material, o coração do homem está cada vez mais apegado as coisas materiais. Tais religiões estão muito longe de Jesus, porque fazem dele apenas força para ajudar a satisfazer desejos.Deus criou um templo dentro de nós. Vamos tomar como tesouro apenas o que terá valor eterno.

domingo, 10 de outubro de 2010

O truque é escorregar sempre um pouquinho, porque a disciplina absoluta é para os absolutamente chatos. E chatice envelhece.

Ótima semana à todos!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Política,Democracia e Tiririca.

João Ubaldo Ribeiro:” Política, em qualquer de seus usos, na linguagem comum ou na dos especialistas e profissionais, refere-se ao exercício de alguma forma de poder e , naturalmente, às múltiplas conseqüências desse exercício. Toda maneira pela qual o poder é exercido se reveste de grande complexidade, às vezes não aparente à primeira vista.

George Bernard Shaw : “A democracia, muitas vezes, significa o poder nas mãos de uma maioria incompetente”.

Tem-se crucificado a imprensa pela badalação em torno do fenômeno eleitoral Tiririca. Tem se apelado à palavra democracia para defender o injustiçado parlamentar do preconceito pelo fato de ser analfabeto.
Hoje, participei de um “bate boca de salto alto” com uma parlamentar, no Facebook a respeito do assunto. Ela acusava os profissionais de comunicação e intelectuais (palavrinha besta!) de preconceito contra o povo e contra o Tiririca, de cabresto à democracia. Achei engraçado. Democracia está diretamente ligada à liberdade de expressão, minha cara!
Preconceito? Que preconceito? Como disse acima, democracia também é liberdade de dizer o que pensa. Não tem ninguém crucificando o Francisco Everardo por ter sido eleito. As críticas são de quem tem o mínimo de bom senso em perceber que ele não tem competência técnica para exercer qualquer tipo de poder na esfera pública, e também pelo fato de a justiça ter falhas enormes que não deixam claro o que pode e o que não pode e depois que a coisa acontece, fica tentando remendar o estrago.
Não há dúvida quanto ao fato que o povo o tenha elegido como forma de protesto pela literal palhaçada que é o nosso cenário político. Não creio que o elegeram por acharem que ele entenda de política ou que tenha competência técnica pra trabalhar lá. Creio que foi um protesto branco contra a falta de seriedade de nosso sistema político. Nada contra a pessoa dele. Eu o adoro; mas como celebridade, como humorista!
Precisamos entender: uma coisa é a pessoa ter nascido pobre, conhecer a miséria de perto e saber as necessidades das classes menos favorecidas. Outra coisa é ele entender dos meandros que formam o labirinto do trabalho público. Política é uma soma de ciência com sensibilidade e inteligência. Desses fatores, origina-se a organização social. Pergunto: ele está preparado tecnicamente, cientificamente pra exercer esse ofício? Sensibilidade, bom coração e boa vontade eu estou certa de que tenha. O que discuto é o preparo, o savoir-faire... Você acha mesmo que, neste momento, o Tiririca tem?
O que se discute não é o direito de escolha, mas a intenção com que essa escolha foi feita e a capacidade dele de realmente contribuir para um trabalho bom.
Não é que não estamos respeitando o direito do Tiririca ser eleito e o direito de quem votou nele. Respeitamos tudo e todos!
A indignação é com o nosso sistema que é totalmente maluco e não prevê como devem ser as coisas. Primeiro, permitem que a pessoa se candidate mesmo sendo julgada “incapacitada para tal". Depois, quando percebem a força da voz do povo, querem consertar seus erros à custa do outro. Nesse caso, não é o Tiririca o errado e nem mesmo o povo. O erro está nas nossas leis que não são definidas de maneira cem por cento coerentes.
Ubaldo disse tudo: “É o exercício do poder e também de suas múltiplas conseqüências”. Resta saber quem vai assumir a segunda parte da frase, porque, com o salário de parlamentar no Brasil, a primeira parte é mole!
E ainda querem que achemos normal uma palhaçada destas?

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Não sou feliz;mas, tenho marido!

Preciso desabafar!
Amados, não mais aguento essa mania que algumas pessoas tem de querer que eu arrume um casamento! Gente, casamento não é solução para nada; nunca foi! É o resultado de uma parceria que deu certo. De que adianta casar e não estar em paz, feliz, e, principalmente, saber que isso nao tem prazo de validade?!

Parece que retornamos ao século passado, época em que ter um marido ou uma esposa era sinônimo de vida realizada e feliz. Amado leitor, você conhece alguém que esteja em uma busca desesperada para arrumar alguém para chamar de “seu”? E você sabe o quanto esta postura pode ser prejudicial à vida desta pessoa?
Pois é, prejudica sim. Cega, tira o foco em outros importantes objetivos, por vezes até abala a auto estima, pois a pessoa tende a achar que só tem valor se tiver alguem ao seu lado que, via de regra " a quer".
Isso é se desvalorizar. Temos que ter de onde tirar felicidade.

Viver um grande amor é mais do que simplesmente ter alguém do lado para mostrar para a sociedade que você se encaixa no padrão “nascer, crescer, se reproduzir e morrer”. Amar é primeiro se apaixonar e depois, mesmo quando aquele frio na barriga passar, aceitar que a relação amadureceu, mas que vocês juntos são mais felizes do que separados. Eu estou vivendo isso nesse momento. Quando desencanei da posse, da vaidade que a paixão produz, percebi que aprendi a amar e que amor de verdade produz tranquilidade, serenidade.

Nada mais pode unir um casal a não ser a vontade de estar junto, a certeza de que um estará sempre ali quando o outro precisar e, acima de tudo, o respeito e a admiração. Quando a gente deixa tudo isso de lado e passa a conviver com o outro apenas pelo fato de não aceitar estar só, a gente não vive um amor, vive uma união que pode ser encontrada em outros tipos de relação, como as familiares e as de amizade.

Talvez, esta seja uma das explicações para que existam tanto sofrimento e relações mal vividas. Quando não existe o amor, as traições e outros tipos de falta de respeito se tornam mais frequentes. Não que o amor seja sinônimo de fidelidade, mas este sentimento é o primeiro passo para que alguém queira compartilhar uma vida única e exclusivamente com você.

O primeiro passo para quem quer ser feliz por completo é aceitar e aprender a ser feliz sozinha. Amar não é depender de ninguém para ser feliz, mas, sim, se amar, amar o outro e, é claro, ser amado. Mas, para que isso aconteça, é essencial que você aprenda a batalhar pela sua vida e tenha a sua própria individualidade. A essência de uma relação feliz está em unir duas vidas, jamais em transformá-las em apenas uma.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Na Índia, são ensinadas as "quatro leis
da espiritualidade": A primeira lei diz: "A pessoa que vem é sempre a
pessoa certa". Ninguém entra em nossas vidas por acaso. Todas as
pessoas ao nosso redor, interagindo com a gente, têm algo para nos
ensinar e colaboram no avanço de cada situação.

segunda:Aconteceu a única
coisa que poderia ter acontecido". absolutamente nada, do
que acontece em nossas vidas poderia ter sido de outra forma. Mesmo o
menor detalhe. Não há nenhuma outra opção. O que aconteceu foi tudo o
que poderia ter acontecido, para aprendermos uma lição e seguirmos em
frente.Todas, e cada uma das situações que acontecem em nossas vidas,
são absolutamente perfeitas.

A terceira lei diz: "Toda vez que
você tomar uma decisão, será sempre o momento certo". Tudo só começa na
hora certa, nem antes, nem depois. Somente quando estivermos prontos
para iniciar algo novo em nossas vidas, é que as coisas acontecerão.

A quarta lei diz: "Quando algo termina, é
porque foi concluído". Simplesmente assim. Se algo acabou em nossas
vidas é para a nossa evolução. Por isso, é melhor soltar, seguir em
frente enriquecido pela experiência. Não é por acaso que estamos lendo
este texto agora. Se ele vem à nossa vida hoje, é porque estamos
preparados para entender que “nenhum floco de neve cairá no lugar
errado”.

É isso. Não há segredo além de aceitar o que vem com serenidade e humildade. Estamos aqui pra observar, aprender e voltar pra casa.
Bom final de semana à todos.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Não existe receita

Hoje de manhã na academia, escutei a seguinte frase: "Silvinha, você precisa deixar de ser boazinha, de ser fina, de pensar em ética...Vai dar uma lição nessa piriguete ou vai sentar no troninho da princesa e deixar ela sair sem tomar uma lição? É aquela velha frase,amiga: Bonzinho só se ferra!"
Passamos grande parte da nossa vida tentando e scolher entre o certo e o errado, entre o bem e o mal. E como saber o que é o BEM ( como sentido de valor e virtude), o certo, o correto, o verdadeiro, o honesto? Como saber onde está o caminho? Perceber nossas obrigações e deveres implica em pratica-las? por que temos que observar as normas, os costumes e os princípios? Penso que a reflexão do conflito é questão fundamental da ética! Não há maior demonstração de maturidade que o conflito, a discussão, a luta pela mudança da opinião estabelecida. Há pessoas que não discutem. Ou discutem já com a "certeza da certeza"... Acho certeza algo tão ignorante! A certeza simplesmente não existe!
Quem não discute ou já entra em alguma discussão disposto a não mudar sua opinião é porque não quer discutir.É porque tem medo de perder a razão.
A cultura humana baseia-se em três premissas básicas que sustentam o pensamento sobre a ética.
Uma, diz que o Universo é o centro de tudo; a outra afirma que Deus é o centro das coisas e uma terceira que diz que o centro é o próprio homem.
Se pararmos pra analisar as palavras que separam essas questões, nos deparamos com significados muito diferentes dos que nos baseamos. Ética vem do grego ethos e quer dizer costumes, tradição, sabedoria, religião e senso comum. Caráter quer dizer agir corretamente. Ética e moral , ao contrário do que muitos usam como sinônimos um do outro, não tem significado comum. São coisas bem distintas.
Não se pode responsabilizar à Deus por ter ou não ter esta ou aquela virtude. A vida é individual e as escolhas, pessoais.
O Divino apenas esnina, aconselha; As escolhas são feitas dentro de nós. O livre arbítrio é a maior prova de amor que Deus poderia ter dado aos filhos.
É essa liberdade de escolhas que nos faz mais responsáveis por nossas ações e omissões, pois, toda pessoa tem que responder, diante de si mesmo e diante dos outros , pelo que faz e pelo que diz.
Cada um tem uma meneira particular de agir e é exatamente isso que marca a diferença e torna cada um especial. Eu escolhi agir desta forma, e sem em algum momento percebo que estou errada ou errando, volto atrás e digo: Oops.. peraí.. me atrapalhei, embolei, errei.. foi mal.. dá pra repetir o play?

domingo, 25 de julho de 2010

O céu de Dom Quixote e o inferno de Hamlet

Meu querido amigo Ronaldo Moraes (saudades!!!) me emprestou um livro que ainda não tive oportunidade de devolver. Fala sobre os diferentes níveis de consciência humana. Interessantíssimo! Complexo feito aquele "O Universo numa casca de noz",mas esclarecedor e tremendamente libertador!
Estive refletindo sobre algumas lições dessa obra hoje pela manhã, após o culto. O Pastor disse que " mulheres extraordinárias têm desafios extraordinários"... Achei isso lindo! Essas palavras me fizeram lembrar desse livro, que usa dois personagens opostos como exemplo.
Dom Quixote - preciso dizer que o amo - era um homem simples, quase prozaico. E era tremendamente especial por isso! Encontrava motivação e felicidade nas coisas mais cotidianas, na mera observação do que acontecia ao seu redor. Era capaz de se sentir feliz com o simples fato de almoçar. Por ser um homem simples, encontrava riqueza e felicidade em seu interior, a despeito de quais fossem as circunstâncias externas.
Vem uma tempestade mental e lembro-me de Hamlet. Já me vem algo sombrio! Ao contrário de Dom Quixote, que era um homem bem enraizado no instinto e na fé, homem de coragem, capaz de enfrentar e resolver tudo o que lhe aparece, Hamlet já nos traz a tragédia, o príncipe que consegue transformar em caos o fracasso e tudo o que o toca. Homem dilacerado, trágico e auto-indulgente.
Hamlet, coitado, é nosso mais profundo exemplo, em toda a literatura, do homem dividido e cansativamente sofredor.
Dom Quixote foi escrito por Cervantes no Século XVI. Li que, a não ser por esta obra, ele não teve grandes momentos em sua vida, que aliás, foi bem miserável. Ele viveu uma vida fracassada, mas criou uma obra prima que ultrapassa séculos embelezando nosso imaginário.Viveu na mesma época que Shakespeare. Este, nasceu nobre. Viveu confortavelmente e desfrutou de boas oportunidades. É como se ambos estivessem de costas, Cervantes olhando para trás e criou um homem de fé inabalável, onde tudo funcionava em termos poéticos e que viveu sem ser contaminado pelas vicissitudes da realidade. E, ainda assim, talvez ele fosse tão mais consciente do que quem o considerava louco. Sua paixão pela busca de sua Dulcinéia imaginária, suas vitórias ainda que fantasiosas lhe deram uma vida cheia de emoção e alegrias.
Shakespeare, em Hamlet, olhou para a frente e fez uma previsão de como seria o homem moderno: Preocupado, cheio de ansiedades, doente da alma e com um vazio existencial imenso e incertezas infindáveis;mas, que precisa ser sociável, bem sucedido, líder que fracassa em sua vida pessoal porque é centrado em seu ego.
Minha parte quixotesca é forte! Ainda espero um amor que caiba nos meus sonhos. Faço mil planos dos quais tenho certeza que jamais se concretizarão, mas que são gostosos de cultivar. Travo batalhas contra moinhos de vento. Venço todas! E, quando minha porção Hamlet insiste em aflorar, eu até permito. Só pra trazer meus pés de volta ao chão. No livro onde encontram-se estes ensinametos que ora compartilho com vocês, diz que se eu for capaz de esperar um tantinho mais quando estiver naquele terrível período da noite escura da minha alma, chego salva até a manhã para ouvir a melodia dos pássaros dando graças pelo sol morninho e pela grama molhada do orvalho. É.. a noite também produz coisas boas em sua escuridão silenciosa.
Ronaldo, amigo... Como tenho saudade de você!!! Você é meu louco preferido! Bjs.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Mulher de Atenas? Que nada... O bom é ser de Esparta!

Amados,

Recebi hoje o texto abaixo. De uma fã anônima de minha personalidade ( que ela jura ser espartana) rsrsrsrs... Coitada, mal sabe ela que, embora em tese a regra seja essa, eu tô longe de não ser carinhosa, afetuosa, romantiquinha, bajuladora, ciumenta,sonhadora e doce, muuuuito doce. Afinal, Hebert Viana já ensinou categoricamente: "Cuide bem do seu amor, seja quem for".

Amore, agradeço muito a poesia. Fiquei honrada e feliz com seu carinho e atenção. Não nos conhecemos,mas, pela sensibilidade e inteligência, a recíproca já se faz legítima!
Beijos no coração.


Mulher Que Homem Gosta

a mulher que o homem gosta
Não gosta muito dele,
Ou gosta e finge que não.

Nao trate ele na palma da mão
deixa ele fazer tudo
não elogia e nem faz muito carinho
mas gosta que ele faça.

Sabe que ele é safado
mas finge que não sabe nada
Deixe ele solto
Pra poder fica solta, mas não fica

A mulher que o homem gosta
não mia como gatinha
não rosneia como cachorra
Apenas finge ser superior
mesmo não sendo.

Nunca pega no pé
mas sabe cobrar com autoridade
É séria, mas muito feminina
É gostosa, mas é forte

Enfim, a mulher que
o homem gosta
faz ele pensar que nunca
falta faz na vida dela.

Atriz? Não!
Mulher de verdade!

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Nosso maior inimigo

Ontem, tive uma experiência interessante. Encontrei no shopping minha amiga psicóloga, Ana Mercedes. Tomamos um suco e ficamos conversando sobre depressão pós parto. Eu tive depressão pós parto e passei por várias etapas até estar aqui hoje, falando abertamente sobre minha experiência com a doença.
Após dois anos sob medicação, decidi, sozinha suspende-la. Foi o caos! uma destruição absurda no meu mundo interior.
Dois anos após a suspensão do remedinho, percebi o quão mais forte, mais alegre e solta eu estou. Já em casa, deitadinha no meu sofá,me peguei a refletir sobre o sintoma da depressão,tentando descobrir o que há de novo no mundo e que contribui para seu agravamento. Nessa trajetória, deparei-me com a palavra submissão.
O Larousse diz que: Submeter é aceitar, é colocar-se na posição de assujeitado.Isso é perigoso, pois produz infelicidade, inveja.
Ou seja, eu passo a querer destruir no outro o que eu não tenho ou não lutei pra ter. Essa postura coloca a pessoa na mira da depressão. Não persistir na busca da auto aceitação ou na busca da própria verdade é grave. Conheço um time de invejosos dos quais passei a sentir compaixão a partir de ontem!
A depressão nos tira a paixão, nos faz abandonar nossos sonhos e isso nos deixa tristes. Passamos a invejar os sonhos que os outros realizam e a critica-los por isso; por terem a ousadia de viverem aquilo no que realmente acreditam. E isso exige coragem! Assumir nossas próprias escolhas exige coragem!!
A coragem pra vencer a depressão começa a brotar quando deixamos de culpar o exterior pela nossa ausencia de felicidade.
A posição de vítima é muito confortável! Permaneci algum tempo nela, digo com propriedade! É vida que não presta ou o outro que não nos permite a felicidade!
Romper com paradigmas dói, cansa, demora. É sofrido encarar nossas derrotas e recomeçar. Recomeçar é reinventar. É fazer de novo, de forma aprimorada o que já fizemos antes, com outros personagens, outros cenários.
Não estou aqui, amigos, leitores, visitantes, desafetos, simpatizantes e curiosos,fazendo uma apologia ao " mande tudo pro espaço". Estou compartilhando minha experiência ao despertar para uma nova consciência. Ao assumir que era necessário enfrentar de cara limpa a doença, eu descobri o quão forte e sensível eu sou! Construí novos caminhos, coisas lindas e sólidas, cores mais alegres para o meu dia e o de minha filha.
Descobri que nós somos nosso maior inimigo, ao não construirmos um bom motivo para viver e lutar. A sociedade vive nos oferecendo obscenidades; o capitalismo adora transformar coisas irrelevantes em relevantes. Quem garante que riqueza material é garantia de felicidade?
O que torna a vida gostosa é gente. Geralmente os ricos não sabem amar, pois o amor exige mais coisas do que presentes. Amar é dar o que não se tem. O mundo dos objetos por si só é precário. Quando se dá o que se tem, quando se acena com objetos, o sujeito está mais interessado em se livrar das cobranças e carências de quem ele na realidade NÃO ama; mas usa como válvula de escape, uma espécie de muleta.
Como essas pessoas cheias de dinheiro, de amantes, de “amigos” são sós!
Aprendi que a saída para a depressão está na travessia do enigma, enfrentar a esfinge e formular uma posição própria diante da vida. Na verdade, o que nos entedia é a recusa em transformar um cotidiano de mesmice em substância humana.

Delirei quando li Baudelaire em sua obra “Acerto com Deus”: Tu me deste tua lama, e dela fiz meu ouro.

Aninha, te amo!!!

terça-feira, 20 de julho de 2010

PARA CISSA GUIMARÃES , COM AMOR!

Sobre a vida:

A vida é uma festa linda, tão boa, que não queremos que acabe. Alguns saem dela mais cedo; são compromissos inadiáveis que os aguardam depois da festa. E vida não tem um final. A antagônica idéia de finitude que tanto nos assola é apenas parte integrante e inseparável dela!!! Beijos para sua alma, querida!

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Seres inalcançáveis

Toda mulher é um ser inalcançável. Nós somos emocionais. Os homens, quando querem sê-lo, acham-se clichês e patéticos. Nós somos intuitivas. Eles, quando querem sê-lo, acham que precisam mentir. Nós damos caminho à vida. Eles, no máximo, tiram vidas nas guerras que são só do homem, do macho, da força bruta. Qualquer mulher pode ficar horas sendo admirada. Na rua, na igreja, no ônibus lotado.Nós sempre temos algo a mostrar, mesmo sem querer. Em nossa introspecção, nos fazemos misteriosas.Em nossa volúpia, discretas e generosas. Somos belas, somos feras. Mais leves que o ar. Flutuamos, bailamos, rimos da vida, somos maiores, mais complexas. Perto de nós, os machos são superficiais, rasos e quase inúteis.
Toda mulher é um ser inalcançável. Os homens são caóticos, cheios de grilos. Nós somos intocáveis em nossa essência.Eles são machões insensíveis e cruéis, burros chatos e peludos. Nós buscamos a perfeição. Eles a ação.Nós buscamos o abstrato. Eles, o tato. Nós buscamos a fertilidade.Eles, a publicidade.Nós podemos ser frias e, ao, mesmo tempo saborosas. Somos mães, mulheres, donas do universo.Eles são só pais, homens, e ainda acham que são os donos do mundo.
Toda mulher é um ser inalcançável. Nós somos compreensivas, carinhosas e completas em nossa infinitude. Eles, infinitos em sua incompletude. Nós somos um projeto divino! Eles, apenas instrumentos. Mas nós os perdoamos. Sabemos que são pequenos demais para nos compreender. Nós transitamos acima de deles num campo em que, no máximo, aceitam porque nunca conseguirão alcançar-nos.
Dizem que a mulher é o sexo frágil. Por que? Só porque os homens são mais capacitados para abrir a lata de palmito, trocar o pneu do carro ou carregar a geladeira numa mudança de endereço? Grande coisa! Vocês ficam felizes sabendo dessas coisas inócuas, mesmo sabendo que no final será tudo uma grande inutilidade? Ou se apóiam nessas pequenas vitórias porque sabem que na maioria das coisas são grandes perdedores?
Mesmo as que vocês chamam de burras e fúteis têm seus encantos. Todas temos. Vocês não; matam, traem amigos, pisam em colegas de trabalho, usam de artimanhas, manipulam, mentem para conseguir subir na vida, para conseguir alguém. Reparem se nós ficamos por aí com esse papinho de querer ser alguém na vida. Nós já somos alguém. Damos à luz.
Vocês têm que lutar, muitas vezes de forma desonesta para valorizar suas vidinhas salafrárias e superficiais, vangloriando-se por ter um bom emprego, altos salários e status. Isto vale no mundinho raso dos homens. Mas é só ter uma mulher na mesa, ou por perto, que se calam. Acham idiotas as coisas que falam. Vêem que suas competições são mimadas e materiais e, tenho certeza que sentem vergonha de sua condição de fortões que abrem latas de palmito de uma só vez. Mas, nós os perdoamos mais uma vez porque sabemos que são pequenos demais para nos compreender.
Vocês sabem guerrear, fazer bombas atômicas, entendem de física nuclear, sabem vencer no vídeo game, abrem latas de azeitonas, são presidentes, mas não sabem escutar uma mulher.Não sabem nos entender e colocam a culpa em nós por isso. Não sabem onde fica o ponto A, muito menos o Z, nem sabem nos confortar por muito tempo. São vazios, ocos e superficiais. Mas, podem ter certeza que temos paciência com vocês porque sabemos que nos amam sem nem mesmo ter a capacidade de saber o que isso realmente significa.